6 de nov. de 2011

A MÁFIA APOCALÍPTICA DO CARBONO


 Quando se fala sobre o semi-árido logo vêm a nossa memória as reportagens sobre o efeito estufa, desertificação seqüestro de carbono entre outros presságios malignos que nos remetem ao apocalipse.
Parece que falar do fim do mundo como autopromoção é uma coisa nova  pois, assustar as pessoas e provocar pânico à sociedade desinformada é sempre motivo de chamar atenção. Na verdade, desde a época dos antigos egípcios feiticeiros e bruxas já faziam previsões de destruição. Vale lembrar as dez pragas do Egito, e olha que eles andavam a pé, seriam o efeito das emissões de gases das chaminés das pirâmides?
 Em quase todas as civilizações do mundo narrações apocalípticas sugerem uma origem comum e ancestral que foi sendo deturpada pela transmissão oral. Esta visão assume por vezes, um caráter ecológico, ao propor que a mensagem do apocalipse se refere à capacidade que o homem civilizado tem para destruir o mundo.
Sendo assim, a milhares de anos alguns privilegiados detinham informações que as utilizavam conforme a sua necessidade para amedrontar a grande turba de desinformados que, por muitas vezes pagavam  altos tributos através de sacrifícios e oferendas a seus sarcedotes para que estes aplacassem a ira dos deuses .Por esse motivo não me causa surpresa em ver muita gente hoje em dia utilizar-se desse expediente para ganhar destaque na mídia prevendo cataclismas desertificadores para o nosso nordeste.
Não duvido do poder do homem em piorar as coisas, mas também não posso duvidar da capacidade que o ser humano tem para se reerguer e vencer desafios. Conheço propriedades no semi-árido totalmente destruidas por uma má gestão e utilização de técnicas erradas e logo alí do outro lado da cerca seu vizinho tirando leite, fazendo queijo e ganhando dinheiro. A mesma terra o mesmo clima, e qual a diferença? Simplesmente conhecimento técnico específico.
Estudar o semi-árido respeitar as suas limitações. Investir em técnicas simples mas, de efeito. A idéia é unir todas as informações sobre o semi-árido em um só modelo. Especializar nossos agrônomos, zootecnistas e veterinários para resolver os  assuntos do sertão. Então o sertanejo ficará esperto  quando em algum site, jornal ou tv, um vidente moderno de paletó e gravata  sentado confortavelmente em seu apartamento de cobertura de frente para o mar, tentar se projetar na mídia rogando pragas e ameaças sobre o futuro do sertão. Em vez de se preocupar com a ira dos deuses apocalípticos é bem mais abençoado e saudável arregaçar as mangas e partir para a ação. E que deus nos proteja.

Cezar Mastrolorenzo
Fazenda Tombador – Itatim-Bahia
(Produtor Rural)

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