Raça Sindi
Esta raça provém de uma província do Paquistão, chamada Sind,
onde recebe a denominação de Red Sindi. No Brasil, é conhecida com o nome de
Sindi e classificada no mesmo grupo do gado Gir, ou seja, o III tipo básico de gado
indiano. Esse grupo III enquadra o gado de perfil craniano ultraçonvexo, corpo
compacto, barbela e umbigo pendulosos. O rebanho Sindi existente no Brasil é o resultado de duas
importações: a primeira ocorreu no ano de 1930 e a segunda em 1952, segundo
Santiago, em seu livro A EPOPÉIA DO ZEBU.
Na verdade, mesmo tendo encontrado no Brasil condições
excepcionais para viver e produzir, o rebanho Sindi é ainda representado por um
número pouco significativo, pois, além de sua importação relativamente recente,
poucos são os pecuaristas que se dedicam à sua criação. Adapta-se, perfeitamente, ao clima e às condições de
criação existentes em nosso país, uma vez que em seu lugar de origem é criado
exclusivamente em regime de campo.
Características
Porte - O Sindi é um gado de pequeno porte e de boa aparência,
lembrando o Gir vermelho.
Pelagem – Sua pelagem é vermelha, sendo que em muitos
exempla res podem aparecer manchas brancas em qualquer parte do corpo. A pele e
mucosa são escuras.
Cabeça - E pequena e de perfil convexo. Os chifres são
curtos, grossos na base, crescendo para fora e para trás, sendo que nas fêmeas seu
crescimento é para fora e para cima. As orelhas são de tamanho médio e caídas.
Os olhos são escuros.
Pescoço - É curto e forte, com barbela bem desenvolvida e
pregueada.
Cupim - É relativamente grande nos machos e colocado
firmemente sobre a cernelha.
Tronco - Peito desenvolvido e tórax amplo, com bom
arqueamento de costelas. Linha dorso-lombar reta. Boa cobertura muscular rupa arredondada e um pouco saliente em
alguns animais. Úbere de bom tamanho e têtas grossas.
Membros - São curtos, bem aprumados e com regular
cobertura muscular.
Cobertura muscular - Bem distribuída.
Pele - De coloração preta, flexível, macia coberta de pelos
curtos e finos.
Aparência geral
Gado de bela aparência, dócil, vigoroso e de boa conformação
para o abate.
Aptidão
Na Índia, o gado Sindi é o mais utilizado para produção de
leite, chegando a produzir a média de 1700-1800 kg por lactação nas fazendas de
melhor seleção. No Brasil, talvez pelo reduzido número de animais, ou mesmo pela
falta de dados computados por técnicos, a raça não revelou a mesma aptidão
leiteira.
Para produção de carne, mesmo sendo o gado Sindi bastante
rústico e acostumado ao regime de campo, dificilmente conseguirá igualar-se às
outras raças indianas, pois é de pequeno porte e de desenvolvimento mais lento.
Registro
genealógico da raça
O serviço de registro genealógico da raça Sindi está a
cargo da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro, na cidade de Uberaba.
Alguns caracteres
indesejáveis
Cabeça muito pesada.
Perfil côncavo.
Nimburi.
Prognatismo.
Chifres móveis.
Orelhas muito longas ou excessivamente curtas.
Focinho claro.
Peito estreito.
Cupim tombado para um dos lados.
Tórax deprimido.
Umbigo muito penduloso.
Vassoura da cauda branca.
Membros muito compridos e aprumos defeituosos.
Cascos brancos.
Monorquidismo ou criptorquidismo.
Úbere muito penduloso.
Despigmentação.
Crescimento retardado.
Fêmeas com vulva atrofiada.
Feminilidade no macho e masculinidade na fêmea.
Raça sindi: corresponde ao red sindi da Índia,
onde é
explorado para produção de leite
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