A Recuperação de Áreas Degradadas com
Pastagens (RAD-P) busca recuperar tanto áreas que já eram utilizadas para
pastagens, quanto áreas que foram degradadas por outras atividades, em relação
às suas características físicas, químicas e biológicas, a fim de melhorar sua
capacidade produtiva de alimentos e/ou de matérias-primas, isto é, torná-las
capazes de garantir alimento para os rebanhos (PRS-I, 2018; BORGHI et al.
2020). As pastagens sofrem um processo evolutivo de perda de vigor,
produtividade e capacidade de recuperação natural para sustentar os níveis de
produção e de qualidade exigidas para a criação dos animais, e assim, começam
também a não conseguir superar os efeitos nocivos de pragas, doenças e espécies
invasoras (MACEDO et al., 2012).
Dessa forma, segundo DIAS-FILHO (2006), a
pastagem degradada pode ser definida como
uma área com acentuada diminuição da produtividade, podendo ou não ter perdido a capacidade de manter-se produtiva do ponto de vista biológico, isto é, conseguir acumular carbono. De forma complementar, RODRIGUES (2020) explica que o uso do termo pastagem degradada não significa necessariamente que o solo está descoberto, mas sim que já não é tão produtivo, independentemente de ter ou não espécies adaptadas. A Figura 10 apresenta possíveis origens da perda de qualidade e consequente degradação da pastagem, que levam também à perda da fertilidade do solo.
uma área com acentuada diminuição da produtividade, podendo ou não ter perdido a capacidade de manter-se produtiva do ponto de vista biológico, isto é, conseguir acumular carbono. De forma complementar, RODRIGUES (2020) explica que o uso do termo pastagem degradada não significa necessariamente que o solo está descoberto, mas sim que já não é tão produtivo, independentemente de ter ou não espécies adaptadas. A Figura 10 apresenta possíveis origens da perda de qualidade e consequente degradação da pastagem, que levam também à perda da fertilidade do solo.
De acordo com BORGHI et al. (2020), há três tipos de
técnicas de recuperação para as pastagens degradadas: i) recuperação (direta e
indireta), ii) renovação e iii) reforma. Todas visam tornar a pastagem
novamente produtiva e com vigor suficiente para garantir o sustento do rebanho.
A escolha da técnica necessária depende do grau de degradação da pastagem, do
objetivo do produtor, do sistema de produção pecuário adotado, das
possibilidades de mercado na região e da disponibilidade de recursos
financeiros e insumos. Nesse sentido, realizar um bom diagnóstico da área é
fundamental para melhorar as chances de uma escolha adequada de qual
procedimento adotar. Entre os benefícios da recuperação de pastagens e
manutenção de sua produtividade estão: a redução na emissão de GEE, a redução
do desmatamento para a criação de novos pastos, os ganhos de produtividade e o
aumento na renda do beneficiário (PRS-I, 2018). De acordo com CERRI et al.
(2012), pastagens bem manejadas atuam como drenos de carbono, enquanto as
pastagens degradadas, ou de baixa produtividade, podem ter um balanço geral de
emissões de GEE negativo. Uma questão fundamental dentro da recuperação com
pastagens é a continuidade do manejo da área, respeitando o crescimento das plantas, controlando pragas e doenças e otimizando a alimentação dos animais. O chamado “Manejo de Pastagem Ecológica” objetiva a utilização sustentável da forragem disponível na área para garantir o máximo de produtividade, sem prejudicar as plantas forrageiras e proporcionando um ambiente de bem-estar aos animais. Para atingir esse objetivo, consideram-se alguns requisitos (CALIXTO, 2019; SALMAN, 2007): Os quatro últimos requisitos compõem o chamado Método de Pastoreio Racional ou “Método Voisin”, que se baseia em quatro leis, que buscam respeitar a capacidade de rebrote das plantas e ainda o melhor aproveitamento do pasto (CALIXTO, 2019 e SALMAN, 2007). Busca por uma diversidade de forrageiras (gramíneas e leguminosas) adequadas ao solo e ao clima;
pastagens é a continuidade do manejo da área, respeitando o crescimento das plantas, controlando pragas e doenças e otimizando a alimentação dos animais. O chamado “Manejo de Pastagem Ecológica” objetiva a utilização sustentável da forragem disponível na área para garantir o máximo de produtividade, sem prejudicar as plantas forrageiras e proporcionando um ambiente de bem-estar aos animais. Para atingir esse objetivo, consideram-se alguns requisitos (CALIXTO, 2019; SALMAN, 2007): Os quatro últimos requisitos compõem o chamado Método de Pastoreio Racional ou “Método Voisin”, que se baseia em quatro leis, que buscam respeitar a capacidade de rebrote das plantas e ainda o melhor aproveitamento do pasto (CALIXTO, 2019 e SALMAN, 2007). Busca por uma diversidade de forrageiras (gramíneas e leguminosas) adequadas ao solo e ao clima;
- Arborização adequada das
pastagens (com preferência por espécies nativas);
- Exclusão do uso de adubações
químicas altamente solúveis, herbicidas, roçadas sistemáticas e fogo;
- Garantia do tempo de
repouso necessário entre um corte (pastejo) e outro, permitindo a regeneração
do pasto (armazenar reservas nas raízes para rebrota e produzir massa verde);
- Garantia que o tempo de
ocupação de um piquete (parcela do pasto) seja curto o suficiente para não
permitir que uma planta cortada pelos animais no início da ocupação, seja
novamente cortada antes que os animais deixem o piquete;
- Auxílio aos animais com
exigências alimentares mais elevadas, de modo que consumam mais pasto e de
melhor qualidade; e
- Permanência dos animais, um dia em cada piquete, para que tenham o máximo
rendimento e se alimentem de uma vegetação de melhor qualidade.
O cumprimento
destes requisitos garante, entre outras questões, menor compactação do terreno,