19 de out. de 2012

ABCSINDI, ASSOCIAÇÃO FORTE PARA O CRIADOR DE SINDI.


O Presidente da ABCSINDI
 Mario Borba

     Antes mesmo de completar o seu primeiro ano de atividades junto a ABCSINDI a nova diretoria encabeçada pelo competente e dinâmico Mário Borba já mostra serviços prestados a raça.
 
     Entre outras ações vale destacar a participação efetiva na 78 º EXPOZEBU realizada no período de 28 a 10 de maio de 2012 em Uberaba MG, onde mais uma vez o vermelho do Sindi brilhou nas pistas do Parque Fernando Costa, com o retorno dos animais da raça Sindi ao torneio leiteiro da EXPOZEBU.

ABCSindi


      Foram feitas também novas negociações com a Brazilian Cattle para uma melhor divulgação e promoção da Raça Sindi no exterior, inclusive a participação dos sócios (Adáldio José de Castilho Filho e Marcos Rodrigues da Cunha) na Feira 65º Feira Internacional de Zebú em Bogotá, Colombia.
 

Sede da ABCSindi na Paraíba.
       Neste mesmo ano a Raça Sindi foi matéria de destaque no encarte especial da Revista da ABCZ, que circulou em plana EXPOZEBU 2012.

    Houve destaque também para a 1ª participação da Raça Sindi em uma prova de ganho de peso oficial da ABCZ, o PGP,  na Fazenda Barra da Vereda no norte de Minas Gerais, promovida pelos associados Antonio Marcello A. Salgado e Paulo Salgado, com destaque em matéria divulgada no último número da ABCZ para o fato.

Cezar Mastrolorenzo
Secretário da ABCSINDI
Represntante da
ABCSINDI na Bahia


    Será realizada este ano a Exposição e Leilão Nacional durante a 71º Exposição Nordestina de Criadores, que acontecerá em novembro no Parque Antonio Coelho, no Cordeiro, em Recife, PE.  Isto atendendo o convite da Associação Pernambucana de Criadores, que promete total apoio ao evento. Em outubro, entre os dias 13 e 20 a ABCSINDI participará da grande festa do Sindi na Festa do Boi, encontro já tradicional de sindicistas. Na ocasião teremos também um mega leilão.

Cezar Mastrolorenzo




  

1 de out. de 2012

DELÍRIO DE UMA CIVILIZAÇÃO

Ana Maria Primavesi
Por Ana Maria Primavesi,  agrônoma, agricultora e pecuarista, é uma das precursoras da agricultura ecológica no Brasil.
A terra gruda nos sapatos, suja os assoalhos e incomoda as pessoas da cidade, que querem tudo limpinho e se defendem contra a “sujeira”, asfaltando ruas e estradas e usando automóveis, para não pisar no barro.
A terra produz os alimentos e as colheitas comerciais como café, açúcar, cacau, algodão, chá-da-índia, guaraná e cana para o álcool-combustível, fibras como sisal e juta, óleos como o de mamona, babaçu e dendê e látex, e condimentos como pimenta-do-reino, cravo, canela e louro. Armazena água nos seus poros para as plantas e, em depósitos profundos, para as fontes e nascentes dos rios e das represas das usinas hidrelétricas.
A terra forma o nosso corpo, saúde e inteligência. Não porque a Bíblia conte que o homem foi feito de barro, mas porque um óvulo fecundado nunca formaria um corpo de nada. Ele fornece somente o padrão genético segundo o qual se forma o ser vivo. Mas o corpo é construído de minerais. E estes as plantas retiram da terra e os fornecem a todos os viventes. Do corpo decomposto ou cremado resta somente um punhado de cinza, mineral.
Jeca-tatu
Antigamente, nós a chamávamos, com carinho de Mãe Terra, porque dela nasce e a ela volta o homem. E nos orgulhávamos de ser filhos da terra porque o que somos, os somos por ela. Em terra sadia e forte, seremos fortes, sadios, dinâmicos e inteligentes. Mas quanto ela é exausta, decaída, doente e devastada, nós, seus filhos, somos fracos, doentes e indolentes. Jecas-tatus. Estudamos muito para descobrir por que a inteligência da juventude decresce e os currículos escolares têm de ser cada vez mais facilitados. Destruímos a alma no barulho e nas drogas e destruímos o corpo com alimentação biologicamente incompleta e condimentada por resíduos tóxicos. Depois nos admiramos de que o circuito alma-cérebro não funcione mais. É a terra, portanto, que nos faz progredir ou cair na miséria, sentir bem-estar ou nos arruinarmos, sermos poderosos e gloriosos ou submissos e escravos.
Lembram-se dos povos que sumiram da história? Dos sumérios, egípcios, estruscos, gregos, romanos, incas, astecas, mongóis e hunos? Foram arrasados porque se esqueceram dos campos. Um grande presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, disse: “Destruam as cidades e conservem os campos, que as cidades ressurgirão. Destruam os campos e conservem as cidades, e estas, sucumbirão”. Cidades vivem do campo. Não adianta. É a terra que as mantêm.
Abraham Lincoln
Quando a terra era jovem, vigorosa e virgem, uma vegetação exuberante a cobria e flores a enfeitavam. As árvores lhe davam sombra e as plantas, com suas raízes,  a abraçavam carinhosamente e estendiam macia manta de folhas. Estava abrigada e protegida, zelada e amada. O sol a beijava furtivamente e a água da chuva a acariciava em suave deslizar. Era tudo festa.
E viemos nós, homens, em busca de alimentos. Ela podia dar e estava ansiosa para ajudar-nos. Tomava-nos por amigos e quis se entregar, como esposa dedicada. Mas nós não entendemos. Não quisemos amizade nem dedicação. Quisemos explorá-la, dominar e violar, estupidamente. Quisemos enriquecer rapidamente. E a arruinamos. Agora ela é fraca, doente, estragada, prostituta que todas usam e pela qual ninguém zela.
Sua pele macia se tornou incrustada, dura e rachada. Sulcos profundos marcaram sua face, cavados pelas lágrimas que a chuva lhe emprestou. Nós que sempre achamos uma palavra “científica” para explicar, chamamos a isso “erosão”. Chagas a cobrem como feridas de lepra, e nós as chamamos de “vossorocas”. Perdeu sua

Pensamento do mês