4 de dez. de 2012

PORQUE ISTO NÃO ACONTECE?


Plano Agricultura de Baixo Carbono – ABC
Através da Lei n° 12.187, de 29 de dezembro de 2009 foi instituída a Política Nacional sobre Mudança do Clima, onde foi estabelecido o compromisso de redução de emissões de gases de efeito estufa de 36,1% a 38,9% das emissões projetadas até 2020. O Brasil deverá implementar essas ações de maneira voluntária e de acordo com os princípios e provisões estabelecidos pela Convenção sobre Mudança do Clima, através da adoção de Planos de Ação Setoriais. Para a Agropecuária foi concebido o Plano de Agricultura de Baixo Carbono – ABC que busca incentivar tecnologias sustentáveis capazes de aumentar a produção além de preservar os recursos naturais e manter o equilíbrio ambiental reduzindo a emissão dos GEE. Sua elaboração deu-se pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Desenvolvimento Agrário (MDA), contando inclusive com a participação das entidades representativas dos produtores, dentre elas a CNA. Entre as ações previstas pelo Plano ABC está o Programa ABC, uma linha de crédito rural oficial que foi instituída em 17 de agosto de 2010, pelo MAPA e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) que tem como público alvo os produtores rurais e suas cooperativas. O limite de crédito é de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) por beneficiário e por ano-safra com taxa de juros de 5,5% ao ano.
 
"Sequestro e armazenamento de carbono"

A Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, ou ABC, se baseia principalmente na captura ou “seqüestro de carbono”, conceito que foi consagrado pela Conferência de Quioto em 1997, como um mecanismo capaz de reverter o acúmulo de CO2 na atmosfera visando à diminuição do efeito estufa. Isto é possível porque na fase de crescimento as plantas funcionam com verdadeiros “aspiradores” de carbono. Pela fotossíntese elas “capturam” o CO2 do ar usando-o para compor suas folhas, caules, raízes e sementes que recebem o nome de biomassa. Assim o carbono entra no solo através das raízes e da biomassa em decomposição. Parte deste carbono volta para a atmosfera, mas boa parte permanece no solo. Os fungos, bactérias e outros micro-organismos que ajudam na decomposição do material orgânico são, também, uma forma para que o carbono orgânico permaneça no solo. Os solos representam, portanto um grande “depósito” de carbono.

Para alcançar os objetivos de seqüestrar carbono e reverter os processos de degradação dos solos o produtor dispõe de várias práticas como o controle dos processos erosivos, evitar queimadas, sistemas agroflorestais e principalmente boas práticas de manejo que evitem o grande vilão dos solos sob pastagens que é o superpastejo. A este respeito, merece destaque o estudo da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations) que apresenta o manejo de pastagens como a “segunda mais importante tecnologia agrícola atualmente disponível para suavizar as alterações climáticas”.   Produtividade e conservação dos recursos naturais, até bem pouco tempo considerados antagônicos, notadamente no semiárido, são apresentados neste estudo como objetivos congruentes.
Solo: “depósito” de carbono.
O texto editado em novembro de 2009, (Review of evidence on drylands pastoral systems and climate change - Implications and opportunities for mitigation and adaptation) destaca o “grande potencial inexplorado de seqüestro e armazenamento de carbono nos solos sob pastagens dos sistemas pastoris e agropastoris das regiões secas do planeta". Para os autores - Constance Neely, Sally Bunning e Andreas Wilkes - a evidência deste potencial exige “esforços coordenados e mecanismos de intervenção global nas  barreiras sócio-político-económicas, que têm implicado na marginalização do setor”. Também destacam o valor das plantas nativas destas regiões que, para lidar com a baixa e irregular

19 de out. de 2012

ABCSINDI, ASSOCIAÇÃO FORTE PARA O CRIADOR DE SINDI.


O Presidente da ABCSINDI
 Mario Borba

     Antes mesmo de completar o seu primeiro ano de atividades junto a ABCSINDI a nova diretoria encabeçada pelo competente e dinâmico Mário Borba já mostra serviços prestados a raça.
 
     Entre outras ações vale destacar a participação efetiva na 78 º EXPOZEBU realizada no período de 28 a 10 de maio de 2012 em Uberaba MG, onde mais uma vez o vermelho do Sindi brilhou nas pistas do Parque Fernando Costa, com o retorno dos animais da raça Sindi ao torneio leiteiro da EXPOZEBU.

ABCSindi


      Foram feitas também novas negociações com a Brazilian Cattle para uma melhor divulgação e promoção da Raça Sindi no exterior, inclusive a participação dos sócios (Adáldio José de Castilho Filho e Marcos Rodrigues da Cunha) na Feira 65º Feira Internacional de Zebú em Bogotá, Colombia.
 

Sede da ABCSindi na Paraíba.
       Neste mesmo ano a Raça Sindi foi matéria de destaque no encarte especial da Revista da ABCZ, que circulou em plana EXPOZEBU 2012.

    Houve destaque também para a 1ª participação da Raça Sindi em uma prova de ganho de peso oficial da ABCZ, o PGP,  na Fazenda Barra da Vereda no norte de Minas Gerais, promovida pelos associados Antonio Marcello A. Salgado e Paulo Salgado, com destaque em matéria divulgada no último número da ABCZ para o fato.

Cezar Mastrolorenzo
Secretário da ABCSINDI
Represntante da
ABCSINDI na Bahia


    Será realizada este ano a Exposição e Leilão Nacional durante a 71º Exposição Nordestina de Criadores, que acontecerá em novembro no Parque Antonio Coelho, no Cordeiro, em Recife, PE.  Isto atendendo o convite da Associação Pernambucana de Criadores, que promete total apoio ao evento. Em outubro, entre os dias 13 e 20 a ABCSINDI participará da grande festa do Sindi na Festa do Boi, encontro já tradicional de sindicistas. Na ocasião teremos também um mega leilão.

Cezar Mastrolorenzo




  

1 de out. de 2012

DELÍRIO DE UMA CIVILIZAÇÃO

Ana Maria Primavesi
Por Ana Maria Primavesi,  agrônoma, agricultora e pecuarista, é uma das precursoras da agricultura ecológica no Brasil.
A terra gruda nos sapatos, suja os assoalhos e incomoda as pessoas da cidade, que querem tudo limpinho e se defendem contra a “sujeira”, asfaltando ruas e estradas e usando automóveis, para não pisar no barro.
A terra produz os alimentos e as colheitas comerciais como café, açúcar, cacau, algodão, chá-da-índia, guaraná e cana para o álcool-combustível, fibras como sisal e juta, óleos como o de mamona, babaçu e dendê e látex, e condimentos como pimenta-do-reino, cravo, canela e louro. Armazena água nos seus poros para as plantas e, em depósitos profundos, para as fontes e nascentes dos rios e das represas das usinas hidrelétricas.
A terra forma o nosso corpo, saúde e inteligência. Não porque a Bíblia conte que o homem foi feito de barro, mas porque um óvulo fecundado nunca formaria um corpo de nada. Ele fornece somente o padrão genético segundo o qual se forma o ser vivo. Mas o corpo é construído de minerais. E estes as plantas retiram da terra e os fornecem a todos os viventes. Do corpo decomposto ou cremado resta somente um punhado de cinza, mineral.
Jeca-tatu
Antigamente, nós a chamávamos, com carinho de Mãe Terra, porque dela nasce e a ela volta o homem. E nos orgulhávamos de ser filhos da terra porque o que somos, os somos por ela. Em terra sadia e forte, seremos fortes, sadios, dinâmicos e inteligentes. Mas quanto ela é exausta, decaída, doente e devastada, nós, seus filhos, somos fracos, doentes e indolentes. Jecas-tatus. Estudamos muito para descobrir por que a inteligência da juventude decresce e os currículos escolares têm de ser cada vez mais facilitados. Destruímos a alma no barulho e nas drogas e destruímos o corpo com alimentação biologicamente incompleta e condimentada por resíduos tóxicos. Depois nos admiramos de que o circuito alma-cérebro não funcione mais. É a terra, portanto, que nos faz progredir ou cair na miséria, sentir bem-estar ou nos arruinarmos, sermos poderosos e gloriosos ou submissos e escravos.
Lembram-se dos povos que sumiram da história? Dos sumérios, egípcios, estruscos, gregos, romanos, incas, astecas, mongóis e hunos? Foram arrasados porque se esqueceram dos campos. Um grande presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, disse: “Destruam as cidades e conservem os campos, que as cidades ressurgirão. Destruam os campos e conservem as cidades, e estas, sucumbirão”. Cidades vivem do campo. Não adianta. É a terra que as mantêm.
Abraham Lincoln
Quando a terra era jovem, vigorosa e virgem, uma vegetação exuberante a cobria e flores a enfeitavam. As árvores lhe davam sombra e as plantas, com suas raízes,  a abraçavam carinhosamente e estendiam macia manta de folhas. Estava abrigada e protegida, zelada e amada. O sol a beijava furtivamente e a água da chuva a acariciava em suave deslizar. Era tudo festa.
E viemos nós, homens, em busca de alimentos. Ela podia dar e estava ansiosa para ajudar-nos. Tomava-nos por amigos e quis se entregar, como esposa dedicada. Mas nós não entendemos. Não quisemos amizade nem dedicação. Quisemos explorá-la, dominar e violar, estupidamente. Quisemos enriquecer rapidamente. E a arruinamos. Agora ela é fraca, doente, estragada, prostituta que todas usam e pela qual ninguém zela.
Sua pele macia se tornou incrustada, dura e rachada. Sulcos profundos marcaram sua face, cavados pelas lágrimas que a chuva lhe emprestou. Nós que sempre achamos uma palavra “científica” para explicar, chamamos a isso “erosão”. Chagas a cobrem como feridas de lepra, e nós as chamamos de “vossorocas”. Perdeu sua

2 de set. de 2012

Mudanças climáticas: A escolha certa da raça e do sistema de criação garante o aumento na produção leiteira

Por Bonifácio Benicio de Souza e Iran José da Silva
postado originalmente em http://www.milkpoint.com.br/ 18/11/2008.
Fatores que afetam a produção de leite no Brasil
A produção de leite depende de vários fatores, como a raça, instalações, alimentação, manejo, sanidade, bem estar e conforto térmico. Com as mudanças climáticas, os países tropicais como o Brasil enfrentarão maiores problemas na produção animal, em função do estresse calórico acentuado. Pois as raças de alta produção de leite são mais exigentes com relação a diversos aspectos, principalmente no que se refere ao bem estar térmico. Assim, é importante que os produtores atentem para escolha correta da raça para sua região.
Sindi D (Paraíba)

De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), há previsão de temperaturas entre normal a acima dos valores climatológicos esperados para as regiões Centro-Oeste e parte da Região Sudeste, já a partir do segundo semestre de 2008, o que observamos nesses últimos meses. Dessa forma, devemos considerar que para a região nordeste e especialmente o Semi-árido o impacto seja ainda maior, por se tratar de uma região que já apresenta temperaturas muito elevadas, acima de 30°C na maior parte do ano, chegando a 38°C na estação mais quente. 
Raça Holandeza
Não há receita de bolo, porém recomenda-se a todos os produtores providências para reduzirem os impactos negativos e inevitáveis, preconizados com o aquecimento global. Recomendamos a criação de raças com elevado grau de adaptação à cada região; a utilização de novas tecnologias, a construção de instalações adequadas e o manejo ajustado às exigências térmicas regionais.
A escolha da raça depende de vários fatores, tais como a finalidade, o mercado, a localização, o clima, o tipo de produtores e o nível tecnológico adotado. Nos últimos anos, no Brasil, houve um aumento de 36,07%, e todas as regiões tiveram um incremento considerável na produção de leite. Todavia, a região Norte teve o maior aumento (102%), embora ainda permaneça sendo a região com menor produção leiteira do país. A região Sul ficou em segundo lugar, com um acréscimo de 62% e continua na segunda posição. A região Sudeste, embora tenha apresentado o menor aumento em sua produção nesse período (16%), se mantém na liderança (IBGE, 2006).
Girolanda
As regiões Sul e Sudeste, por apresentarem um clima ameno e condições favoráveis para produção de forragem de boa qualidade, são contempladas com maior rebanho de raças de alta aptidão leiteira, como a Raça Holandesa (Figura 2). Como exemplo, só o Oeste catarinense conta hoje com um rebanho leiteiro formado por mais de 300 mil vacas Holandesas em produção, com um volume de leite produzido superior a 85 milhões de litros/mês (Revista Agropecuária Catarinense, 2007). Considerando que a maior produção de leite no país é proveniente dessas regiões, onde é predominante a raça Holandesa dentre outras, deve-se considerar que esses animais são muito sensíveis ao calor, o que exige dos criadores bastante atenção para oferecer as melhores condições de conforto térmico, principalmente nas estações de primavera e verão, quando as temperaturas são elevadas.
Para as demais regiões do país, onde imperam temperaturas elevadas e outros problemas de ordem hídrica como as secas, a exploração de animais de alta produção, de origem de climas frios é praticamente inviabilizada. Sendo assim, é um desafio manter a produção de leite em níveis satisfatórios, nessas regiões. Para tanto, é necessário, em primeiro lugar, escolher a raça com maior grau de adaptação aliada a uma produção de leite que atenda a finalidade de forma econômica e sustentável; em segundo lugar, providências no sentido de oferecer um ambiente que atenda às exigências desses animais.
O cruzamento de raças especializadas na produção de leite com raças zebuínas com aptidão leiteira é uma alternativa viável para o país. Como exemplo a raça Girolando (Figura 3), resultante de cruzamentos da raça Holandesa com a Gir leiteira, é uma raça que congrega as qualidades genéticas para produção de leite de ambas as raças, e a capacidade de tolerância ao calor da raça Gir, que por ser de origem de clima quente já tem em seu genótipo as qualidades intrínsecas para suportar temperaturas elevadas em comparação as de origem de climas frios como a Holandesa.
De acordo com o serviço de Controle leiteiro, no período de fevereiro a abril de 2008, com um número de 364 lactações, a produção média das vacas Girolando foi de 5.406,72 kg, com duração de 317 dias de lactação, com média diária de 17 kg/dia. O que garante uma produção viável para a maior parte do território brasileiro. É uma excelente raça para ser criada em quase todas as regiões do país. Contudo, os cuidados com o conforto térmico são indispensáveis.
Para

10 de ago. de 2012

O SINDI E O TAMANHO DO BOI IDEAL

    Há alguns anos nós criadores de Sindi já tínhamos conhecimento que o tamanho do gado aqui no sertão é um fator determinante para um melhor aproveitamento de nosso pequeno período chuvoso. Ou seja, o Sindi por seu porte médio e sua boa conversão alimentar tem demonstrado ser o gado ideal para ser criado em climas menos favorecidos como o sertão nordestino.
      Em vários artigos, e publicações o tamanho do Sindi é ressaltado como fator positivo e determinante para o seu bom desempenho a campo e o que é mais importante não há diferenças entre o “Sindi de pista” e o “Sindi de campo”. Para ser mais claro o tamanho e peso do boi Sindi que nos é apresentado nas exposições e leilões é o mesmo do boi criado à campo. Além disso, o que é mais importante é que podemos pegar um Sindi que está em uma baia de uma exposição e colocá-lo diretamente no campo para criar que não haverá diferença alguma em seu desempenho. No sertão em que os índices pluviométricos são baixos e concentrados em pequenos períodos do ano, “encher” uma carcaça grande é praticamente impossível, mas engordar rapidamente um boi de médio porte é perfeitamente viável.
    Na EXPOZEBU , maior exposição de raças zebuínas do mundo, há alguns anos, a principal crítica que se faz aos julgamentos se refere à premiação de animais muito grandes. Na raça Nelore, por exemplo, enquanto o peso médio de uma matriz no campo é de aproximadamente 550 quilos aos três anos de idade, no animais para julgamento o peso passa facilmente dos 900 quilos, nos touros a relação ainda é maior. Em uma entrevista concedida à revista Dinheiro Rural (junho 2012) vejam o que diz o criador de nelore e brahman Ovídio Carlos de Brito , da fazenda Vale do Guaporé em Pontes e Lacerda (MT). “ Bovinos grandes são antieconômicos porque precisam de mais pasto para ganhar peso e demoram mais para ficar no ponto de abate. No caso do nelore, o peso deveria estar próximo de 500 quilos, entre 24 e 30 meses de idade” ainda segundo Brito , que já foi presidente da Associação de Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) e é o maior criador de touros do país. “As discussões na Expozebu em torno do tamanho ideal dos animais nunca chegam de fato ao que precisa ser feito, ou seja, penalizar quem cria animais muito grandes.” Como vocês podem observar a preocupação com o tamanho ideal e a disparidade de tamanho entre animais de pista e os de campo é uma preocupação de criadores de todas as raças. Na mesma entrevista o zootecnista William Koury Filho, dono da consultoria Brasilcomz, de Jaboticabal (SP), e juiz da raça guzerá, peso e tamanho de um animal são temas que não podem sair da agenda da Expozebu. Diz ele : “A equação entre peso e tamanho é a chave para se obter animais mais eficientes e produtivos” completa ainda “ Olhar o que está dando certo no campo deve ser o modelo de escolha do melhor na pista de julgamento”.  Koury Filho é doutor em produção animal pela Universidade Estadual Paulista  e estudou quase oito anos como fazer a avaliação visual em bovinos e escolher animais equilibrados. Em 2008 sua tese foi incorporada ao programa de melhoramento genético da ABCZ.
      Como podemos observar, hoje há uma preocupação em transformar os animais grandes expostos a cocho em animais equilibrados que poderiam também sobreviver a campo. Não podemos também desconsiderar o melhoramento genético imposto as raças zebuínas que transformaram o Brasil no maior produtor de carne do mundo porém é hora de colocar o pé no chão e ver que apenas o tamanho não é fator de melhoramento, e sim pensar na precocidade, padrão genético e adaptabilidade ao campo. 
Resumindo em uma só palavra, equilíbrio.

Cezar Mastrolorenzo
Secretário da ABCSindi
   

28 de jul. de 2012

SUPLEMENTAÇÃO NA SECA



Fonte: http://www.cnpgc.embrapa.br/
O maior problema no período da seca é o baixo desempenho dos bovinos em pastejo, resultado de uma pastagem de baixo valor nutricional. As vacas de cria não recuperam a condição corporal necessária para manter o ciclo reprodutivo e as demais categorias animais apresentam baixas taxas de ganho de peso. 
O baixo teor de proteína é o fator limitante das pastagens nessa época do ano, e sua correção, normalmente, resulta em aumento no consumo e digestibilidade da pastagem (Cochran et al., 1998). Isto porque as bactérias celulolíticas, responsáveis pela digestão da fibra, necessitam para o seu crescimento, de amônia (que pode ser fornecida pela uréia), mas também de esqueletos carbônicos (fornecido pelo carboidratos e proteína verdadeira). 
A fração protéica utilizada no rúmen é denominada de Proteína Degradada no Rúmen (PDR) e sua exigência está relacionada diretamente com os microorganismos do rúmen e não com o animal. 
Essa exigência aumenta proporcionalmente à oferta de energia (NDT) ao animal, e pode ser estimada usando-se a equação: PDR, g/animal/dia = NDT, kg/animal/dia x 0,13 (NRC, 1996) 12 Suplementação de bovinos em pastejo É aconselhável que no suplemento protéico, a proporção de PDR com origem na uréia, não ultrapasse 30% do PDR total. 
Suplementação na seca – vacas de cria 
Objetivo da suplementação 
melhorar o desempenho animal, melhorando a utilização da pastagem disponível. 
Meta 
aumentar a taxa de natalidade de vacas de cria e a taxa de reconcepção de primíparas. 
Estratégia 
fornecer uma pequena quantidade de nutrientes que favoreçam os microorganismos do rúmen, e conseqüente aumento no consumo e digestibilidade do pasto. 
Tipo de suplemento 
que contenha teores de proteína bruta acima de 40%. 
Além da fonte protéica e mineral, a adição de uma fonte energética pode contribuir para melhorar o consumo do suplemento e contribuir para aumentar a oferta no rúmen de esqueletos carbônicos. Nessa situação, o uso da uréia acima de 30% do PDR total é aceitável. 
Entretanto, suplementos protéicos apenas com uréia e mistura mineral não têm resultado em desempenhos consistentes. O esperado, em termos de desempenho animal, seria reduzir perdas do peso vivo (casos extremos em locais de longa estiagem) ou alcançar a mantença ou leve ganho de peso. 
Nível de fornecimento 
mistura mineral/uréia, com ou sem palatabilizante - à vontade; sal protéico - aproximadamente 1 g/kg de peso vivo/animal/dia.

 
Mistura mineral/uréia – baixo consumo resulta em desempenhos aquém do desejado. Uso específico para regiões de seca bem caracterizada onde haja disponibilidade de macega de baixa qualidade. Pode reverter uma situação de perda de peso vivo acentuada para moderada ou até mantença, dependendo da oferta de pasto e taxa de lotação animal. 
Mistura mineral/uréia + palatabilizante – o consumo mais constante pode resultar em desempenhos mais consistentes, como citados na situação anterior. 
Sal protéico ou proteinado – consumo controlado com o uso do sal branco, dentro de valores próximos a 1 g/kg de peso vivo (vaca de 400 kg deveria consumir 400 g de sal protéico/dia). O controle do consumo do suplemento com o sal branco não é absoluto, havendo necessidade de se fazerem avaliações freqüentes do mesmo, na fase inicial de sua oferta. Alterações na quantidade do sal branco para mais ou para menos, compensando com a substituição do milho, talvez sejam necessárias. Uma vez estabilizado o consumo, o abastecimento do cocho com o sal protéico deveria ser por períodos intercalados de três a quatro dias. Respeitar um espaço linear de cocho de 20 cm/vaca. É uma forma econômica de suplementação, com o objetivo de reduzir taxas de perdas de peso vivo, manter peso vivo ou, até mesmo, alcançar ganhos moderados de cerca de 200 g por vaca/dia, dependendo do pasto. Animais recebendo suplementos com sal comum para controlar consumo precisam ter livre acesso à água. 
 
Suplementação na seca – animais em recria  
Objetivo da suplementação 
melhorar o desempenho animal pelo fornecimento adicional de nutrientes. 
Meta 
reduzir a idade de abate e/ou idade de primeira cria e/ou reduzir taxas de perda de peso vivo. 
Estratégia 
fornecer um suplemento para aumentar o consumo total de proteína (sal protéico) ou proteína/energia (concentrado). No último caso, dentro de limites capazes de minimizar seu efeito sobre o consumo da pastagem. 
Tipo de suplemento 
as características do sal protéico são idênticas às já discutidas. O concentrado deve apresentar um teor de proteína bruta acima de 20%, teores médios de energia (entre 70% a 76% de NDT), minerais e ionóforo (Rumensin, Taurotec e outros). A substituição do PDR total pela uréia não deveria ultrapassar 30%. 
Nível de fornecimento 
sal

18 de jun. de 2012

CRIADORES CONFIRMAM PRESENÇA NA EXPOFEIRA


Detalhes da organização do evento discutidos em reunião

A Expofeira 2012, que será realizada no período de 02 a 09 de setembro no Parque de Exposição João Martins da Silva, contará, mais uma vez, com a participação dos núcleos baianos e associações de criadores de raças de caprinos, ovinos, equinos e bovinos. Detalhes da organização do evento foram discutidos nesta quinta-feira (14) entre representantes de núcleos, entidades de classe, pecuaristas e o    secretário municipal de Agricultura, Ozeny Moraes.

O secretário Ozeny Moraes , o secretário da ABCSINDI 
Cezar Mastrolorenzo entre outros criadores.
Durante o encontro foram abordados assuntos como a recuperação da estrutura física do equipamento, que vai envolver recursos da ordem de R$ 177 mil, pavimentação dos corredores entre as baias e disponibilização de novos espaços. De acordo com o secretário Ozeny Moraes, está sendo elaborado um projeto para construção de mais um tatersal no Parque.
BRS na Expofeira 2011.
“A nossa maior preocupação nos últimos anos era com relação à questão do espaço para atender a todos os criadores interessados em participar da Expofeira, uma vez que já chegamos ao limite. A procura por espaços para abrigar animais é superior à oferta de baias e pavilhões disponíveis. Vamos unir esforços para fazer a exposição acontecer, conseguindo atender aos núcleos e associações interessados em fazerem parte deste evento”, declarou Ozeny Moraes.
As oportunidades de negócios na exposição de Feira de Santana foram destacadas pelo representante do Núcleo Baiano de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga, Joaquim Artur Franco. “A Expofeira não é apenas de Feira de Santana, mas de muitos outros municípios da Bahia e de diversos estados. Os animais já estão preparados e estamos com expectativas de bons negócios para mais este ano”, afirmou.
O coordenador regional da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Aurino Soares, alertou os criadores para a importância de vacinar o rebanho visando evitar contaminações nos animais que estarão expostos no Parque. Segundo ele, a Adab estará presente no evento desenvolvendo ações para garantir a segurança do público e animais.
Na oportunidade foi apresentado o material de divulgação da exposição agropecuária, proibição de pessoas montadas a cavalo em áreas de circulação de pedestres e, ainda, disponibilização de alojamento para tratadores.
Uma nova reunião será realizada no dia 05 de julho, às 15 horas, na Seagri. A pauta do encontro será a realização de leilões e número de animais que serão expostos durante a mostra agropecuária.


FONTE- Site oficial da Prefeitura Municipal de Feira de Santana.






Pensamento do mês